domingo, 14 de setembro de 2014
Descanso
Minha vida tem sido sofrida
Adormece a cor da vida
Anoitece o seu brilhar
Como se ruísse algum jazido
Andando em frente e ferido
Esperando a treva amordaçar
Procuro trégua e não encontro
um destino, um colo, um porto
Inacessível além do mar
Se existir lugar, não há veículo
Que este corpo adormecido
em jaz, consiga transportar
O caminho mais fácil é a morte
Que caso tenha sorte
Irá me confortar
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Vicissitudes
Nossa
tristeza se alimenta de alegrias, as mentiras digeridas no café são as mesmas
todos os dias, e as verdades ficam confusas.
Mastigamos a
realidade antes da sobremesa,
e quando
pensamos em engolir evitamos engordar nossa fraqueza,
um grama de
prazer compensa o esforço que gastamos todo dia,
trocamos a
verdade em nossa frente por alguma teoria.
Nosso futuro
é uma resposta do passado, mas sem tempo de plantar, o jardim que nem cresceu,
morreu, as plantas do jardim que nem nasceram, murcharam.
O dia-a-dia
está assim meio largado, cuidamos do nosso instinto, falamos o que nos convém,
gastamos o que não temos com o que não precisamos, e a nossa vida anda assim,
parada.
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