domingo, 14 de setembro de 2014
Descanso
Minha vida tem sido sofrida
Adormece a cor da vida
Anoitece o seu brilhar
Como se ruísse algum jazido
Andando em frente e ferido
Esperando a treva amordaçar
Procuro trégua e não encontro
um destino, um colo, um porto
Inacessível além do mar
Se existir lugar, não há veículo
Que este corpo adormecido
em jaz, consiga transportar
O caminho mais fácil é a morte
Que caso tenha sorte
Irá me confortar
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Vicissitudes
Nossa
tristeza se alimenta de alegrias, as mentiras digeridas no café são as mesmas
todos os dias, e as verdades ficam confusas.
Mastigamos a
realidade antes da sobremesa,
e quando
pensamos em engolir evitamos engordar nossa fraqueza,
um grama de
prazer compensa o esforço que gastamos todo dia,
trocamos a
verdade em nossa frente por alguma teoria.
Nosso futuro
é uma resposta do passado, mas sem tempo de plantar, o jardim que nem cresceu,
morreu, as plantas do jardim que nem nasceram, murcharam.
O dia-a-dia
está assim meio largado, cuidamos do nosso instinto, falamos o que nos convém,
gastamos o que não temos com o que não precisamos, e a nossa vida anda assim,
parada.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Brevidade
Gravidade; principalmente a constância do existir,
Agrava a idade; na rochosa textura da pele,
Grava a idade; na cabeça amadurece,
A vaidade; por fim não se conta,
E a idade, não importa mais.
Vira saudade!
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Como figura de linguagem
Dizem que não importa
o fim, mas o caminho...
...e a razão
maior, a satisfação da conquista, na verdade, a afirmação de alguns valores, te
faz bem, te inclui no grupo, ante esquecido a eterna solitude do jaz.
O âmago, pouco
abordado e quase sempre esquecido pelo que se atribui hoje como valor, traz
consigo a eterna chaga de não preexistir, quando deveria ter destaque.
Partindo desse
Big Bang de princípios do esquema da “maquina”, eclodem rodovias e semáforos
sujos, que te limitam e decidem por você, fazem a lucidez se tornar loucura.
Condenamos o suicídio,
esquecemo-nos da depressão.
Seres
prosopopéticos.
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