quarta-feira, 23 de março de 2011

Tanta calma

Ponho meus pensamentos na sacola
Nessa cola grudo tudo o que me assombra
A sombra triste de uma vida sem limite
e omite a razão de reviver um caos pessoal

Me traduzo como um livro sem prefácio
Sempre fácil dos problemas me desfaço
Me disfarço da mentira que aparece
A par é se comigo há sintonia em tom pastel

sexta-feira, 18 de março de 2011

Crise protestada

Franzo a testa em um sinal de dúvida, segundos antes de tomar a atitude. Sempre falo pouco, mas naquele momento algo me dizia que o melhor seria não falar nada. Antes de responder qualquer coisa, me afoguei em um silêncio profundo, um momento de extrema percepção. Notei que esse silêncio me tornava mais inteligente a cada segundo, levantei-me, peguei a chave, consultei meus bolsos em busca do resto de meus pertences e me retirei, dando à minha ausência o papel de continuar dali a me fazer cada vez mais inteligente.

domingo, 6 de março de 2011

Conformismo

Estado inviolável de tranqüilidade.
Satisfaz com o que há de pouco.
Inerência, extrema fatalidade.
Comportamento inexorável da humanidade

Ó grande pai, que de sustento foi aclamado
Envia teu sentido para forçar a motivado
Aquele que se enrijece
Na conjuntura do passado

Faz com que tua voz a nós de despertado
Seja sinal para tudo que carrega no solado
Que descole deste chão a cola de seu sapato
Fazendo-se andar o calço que está colado

Estado inviolável, porém nunca há de eterno
Sucumbe as criaturas, aos montes, horas em cerdos
Inertes em suas cadeiras
São fracos montes de fetos