E aí, de repente, surjo como uma imagem socialmente aceitável. Delego funções, mesmo inconscientemente para que reações biológicas dominem minhas ações e delas tirem da roupa, derme, um proveito. Julgo não só minhas atitudes, mas além, exerço minhas expectativas de forma bem clara e difusa. Apetrechos, no entanto aparecem como cicatrizes que já existiam há tempos e tornam partes de mim, completando-me, desenhando-me. Torno-me aos poucos, imagem refletida de um mundo, com pessoas que se julgam loucas, e todos sabem que de loucos vemos tantos que normais se tornam poucos. Temos (a derme) como roupa, que cobre diferentes formas, possui diferentes cheiros, e seguem diferentes filosofias. Algumas possuem pigmentação acentuada, outras carecem, porém todas se relacionam, trocam sentimentos e informações. Quantos gênios e monstros já aproveitaram de sua textura. É assim o parecer humano, de sua forma e exatidão, algozes de honestidade nefasta, envoltos pela complexa camada enraizada de nervos que defloram ao mínimo toque, chamam de sensibilidade e sem civilidade, eles partem logo pela manhã depois de se agasalharem.
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